O terreno escolhido está no ponto mais alto do campus universitário, um lugar que lhe dá um valor especial à relação entre a cidade de Orense e o campus, atualmente ocupado pela presença de uma via muito transitada entre eles. Optar por um programa orientado para o ócio, e que portanto, pode servir tanto a comunidade universitária como a cidade Orense, lhe ajudará a aumentar o valor do edifício como um elemento da interação urbana.
O projeto é como um grande mirante ao campus. Toda a organização e disposição do mesmo são explicadas a partir deste objetivo. Da piscina, autênticas plataformas elevadas, podem ser vistas, enquanto o usuário se banha, a área do campus. O acesso à piscina, no ponto mais elevando, permite desenvolver continuamente toda a planta onde estão os usos principais. Com uma forma de L são projetados os “usos serventes”, vestuários, serviços, acessos… Todos eles contidos em um bloco concebido com uma materialidade opaca, definida pela menor escala dos usos ali contidos.
Abraçadas por esta disposição estão as piscinas e sua praias, envidraçadas e abertas ao campus, configurando uma superfície que, literalmente, voa sobre ele. Os extremos desta plataforma, cujo uso interior é de áreas de relaxamento e descanso depois do banho, som corpos em balanço (aproximadamente a 8 metros do solo) que parecem escapar da base ancorada no solo, para que os usuários ali presentes tenha a sensação literal de “voar”.
A ideia da plataforma de água, que voa sobre o entorno, é sustentada nela mesma, que leve, apoia-se sobre uma base forte e maciça de granito. Esta base é o resultado de conferir fachada às piscinas, assim como de incluir as áreas de instalações e ainda serviços necessários para o uso da piscina. trata-se de algo que desde o exterior adquire o sentido de ser mais do que uma parte da fachada do edifício, uma base preexistente, de natureza topográfica que se ancora no subsolo , de criar a sensação de mirante que tem o pavimento público.
O outro grande argumento projetual, coerente com o anterior, é a cobertura das piscinas. O grande mirante tem uma cobertura clara, potente e que pretende ser atrativa, de grandes luzes e uma geometria interior, de acordo com as vigas de grande canto existente. Um teto que nos permite criar uma riqueza espacial e de luz –a cobertura tem uma claraboia- que qualificam sem duvida o ambiente geral do conjunto. Durante a redação do projeto, pensou-se continuamente no espaço aquático que era necessário criar, eficaz, mas, também apetecível, sensual e a cobertura adquire, com esse objetivo, um papel fundamental.